As famílias são profundamente afetadas pela doença oncológica de um dos seus membros. O diagnóstico de doença oncológica no seio de uma família provoca um conjunto de mudanças e alterações, nomeadamente, nas atividades do quotidiano e rotinas, nas regras e rituais familiares, na redistribuição de papéis sociais e responsabilidades, nas relações com os outros e nos projetos e significado de vida (Pereira & Lopes, 2002). Consequentemente, a família de um doente oncológico tem, ela própria, necessidades diversas, designadamente, necessidades de ser informada acerca da condição do doente, de poder exteriorizar emoções, e necessidade de receber aceitação, apoio e conforto dos/as profissionais de saúde (Cardoso et al., 1999).
Neste âmbito, a
Organização Mundial de Saúde preconiza que a equipa de saúde desenvolva ações para incluir os familiares no processo de cuidar, não somente na perspetiva da realização dos cuidados, mas também na possibilidade de que as suas necessidades sejam atendidas. Assim, as necessidades da família devem ser avaliadas e intervencionadas pela equipa multidisciplinar em oncologia, que deverá possuir competências para apoiar a família de forma estruturada, o que se repercutirá positivamente no bem-estar e na qualidade de vida de doentes e suas famílias e na adaptação destes à doença (van Ryn et al., 2011; Travado & Dalmas, 2015).
Duração:21h