No ano letivo de 2013/2014, último ano da Licenciatura de Educação Física e Desporto decidi inscrever-me para ir de Erasmus durante um ano letivo.
Decidi concorrer apenas para quatro universidades da Roménia. Depois de sair a colocação fiquei colocada na “Universitatea Din Oradea” na Roménia.
Fiquei bastante feliz pois era algo que tencionava fazer na minha vida académica. Mas porquê Roménia? Sempre foi um país que me fascinou e que quis conhecer; a necessidade de aperfeiçoar o meu inglês, aprender uma nova língua sempre foram fatores que me motivaram ainda mais. Ainda para mais, grande parte da população referia “Roménia? Aquilo é só ciganos!” Quando as pessoas diziam isso eu ainda ficava mais motivada e pensava “tenho mesmo que ir para ver se é esta a realidade” e assim foi.
Dia 22 de Setembro de 2013 apanho o avião e vou em direção a terras romenas (fui nas piores condições que se podia ir de Erasmus, pois tinha sido operada há pouco tempo e tive que ir de canadianas), contudo tudo se resolveu e da melhor maneira. Quando cheguei a Oradea estava espantada/ assustada com a parte exterior dos edifícios, inclusive do prédio onde ia habitar durante 9 meses, eu de canadianas e carregada de malas e com imensas escadas para subir só pensei “Onde me vim meter?”.
Os dias foram passando e fui sempre encontrando outros colegas de Erasmus de outros Países (Itália, Turquia, França, Grécia) e também colegas Portugueses de outras universidades (Coimbra, Bragança, Vila Real) o que me levou a criar grandes amizades (com que ainda hoje mantenho contacto).
Além das incríveis amizades que fiz, conheci um sistema de educação muito diferente do nosso, professores universitários que tratávamos pelo primeiro nome como se já nos conhecessem há imenso tempo, foi um sistema de ensino nem melhor, nem pior, mas diferente do que estava habituada.
Posteriormente ao estudo foram as festas, os jantares, “as noites em branco”, as viagens de Erasmus que o GRI organizava, as visitas de estudo pela cidade, os lanches, jantares e almoços típicos da Roménia.
Devo dizer que sem dúvida este foi o melhor ano da minha vida e que não estou nada arrependida da universidade pela qual optei. Quando regressei a casa dia 22 de Junho a vontade de ficar por terras Romenas era imensa, custou tanto deixar aquela cidade, aqueles colegas fantásticos, custou tanto deixar tudo aquilo que construi por lá, mas teve que ser (espero daqui por dois anos voltar lá).
Erasmus é uma forma de enriquecimento cultural, académico, uma lição de vida, uma forma de crescimento a nível psíquico e de nos tornarmos independentes. Foi a melhor experiência da minha vida académica e por mim voltava a repetir.