Seminário Ciber Resiliência

terça-feira, 04 abril 2017
Auditório do ISMAI

​Ciber Resiliência - Cidades Inteligentes e Ciber Resiliência "desafios na segurança, proteção e privacidade"

 

O mundo está a experimentar uma evolução das cidades inteligentes (smartcities) e Portugal acompanha essa tendência. As smartcities emergem de inovações em tecnologia da informação e comunicação (TIC), as quais proporcionam benefícios enormes nas infraestruturas e serviços urbanos, através de novos sistemas interligados de monitorização, controlo e automatização.  Da gama das TIC emergentes, a computação em nuvem, mobilidade, big data, industrialização e cibersegurança inteligentes, incluindo SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) e a IoT (Internet das Coisas),  talvez o mais desafiador para a vida moderna dos centros urbanos, tenha a ver com a crescente mobilidade, até porque dependente das restantes, através dos seus 4 elementos base: infraestructuras, dispositivos, aplicações e serviços.
Para se proporcionar efetiva mobilidade, é necessário garantir dois componentes chave, a flexibilidade e agilidade, os quais, devem ser devidamente balanceados com a segurança e o inerente custo. Porém, essa mobilidade assenta essencialmente na Internet, a qual evolui cada vez mais em dois domínios: um, que em grande parte envolve dispositivos pessoais, como smartphones e tablets, ou seja o mundo da Internet pessoal, a ‘Minha Internet‘ (Internet of Me) e  outro, mais geral, que compreende todo o tipo de dispositivos inteligentes, nomeadamente os de recolha de informação, como câmaras e sensores, a já referida IoT.
Porém, neste contexto as smartcities tornam-se cada vez mais vulneráveis, frágeis e plenas de complexidade e interdependências, onde a segurança e liberdade do cidadão, cada vez mais está em causa. À medida que os ‘cidadãos digitais’ estão cada vez mais instrumentalizados com dados disponíveis sobre a sua geo-localização e atividades em tempo real, a sua proteção e privacidade está mais ameaçada.
Neste ambiente de (in)segurança, uma estratégia para a cibersegurança de uma cidade, é fundamental para gerir riscos e aumentar a resiliência, especialmente no que respeite a infraestruturas e disponibilidade do serviços críticos. Uma cidade segura, pode estar confiante de que está melhor posicionada para oportunidades e crescimento sustentado e, sobretudo, garantir melhor qualidade de vida aos seus cidadãos.

A cibersegurança não existe no vácuo. É um ciclo vivo de respiração. Por outro lado, a cibersegurança não é um desafio puramente técnico, antes é necessária uma abordagem mais holística para preservar o nosso modo de vida digital e todos os benefícios sociais e económicos que dela advêm. Ao nível nacional, os decisores políticos estão cada vez mais preocupados com princípios, leis, políticas e programas para melhorar a cibersegurança. Porém, as cidades fazem já parte crucial dessa discussão, até porque são, por maioria de razão, alvos de ciberataques, pelo que têm necessidades objetivas de estratégias e práticas de segurança, proteção e privacidade, que não podem esperar que a política nacional e internacional acompanhem o seu ritmo. Elas precisam de abordagens imediatas, de avaliar os principais aspetos da cibersegurança, especialmente vulnerabilidades e ameaças sobre os bens e valores críticos, priorizar os riscos e atribuir funções e responsabilidades aos respetivos líderes e agentes locais, a todos os níveis e condições: Organizações de qualquer tipo, dimensão, grau de risco e sofisticação de cibersegurança, bem como privilegiando a união e integração dos setores do Estado central e local, bem como as Universidades e empresas do setor publico e privado, como garantia de oferta de cidades mais inteligentes, mas também mais seguras e amigas do cidadão.

Objetivo do evento:

Debate e reflexão sobre a temática supra, através de peritos e protagonistas dos setores institucional, académico e empresarial, nomeadamente:
• Como enfrentar os desafios colocados aos decisores políticos, centrais ou locais, no que se refere aos standards e regulamentos existentes e à sua adaptação à criatividade e inovação;
• Como superar os obstáculos da implementação local, com novas abordagens aos desenvolvimentos das SmartCities, a partir do Top Down, em especial no que concerne aos setores críticos;
• Como reunir os setores público e privado para aproveitar plenamente e alcançar o verdadeiro potencial das tecnologias IoT, em benefício do cidadão;
• Como “competir” em SmartCities: Quão eficazes são os incentivos na condução da inovação;
• Interligação cooperação nas tarefas de Cibersegurança, entre empresas, autarquias, entidades publicas e privadas, Centros de I&D e Universidades - Modelos de parceria eficazes: como fazê-lo funcionar ?